terça-feira, 4 de dezembro de 2012

O perfil de quem adota

Pesquisa mostra que mulheres solteiras e jovens são as que mais adotam bichos de estimação em Blumenau

Mulher, solteira, entre 18 e 25 anos, com renda familiar mensal entre R$ 1,8 a 3,6 mil, que mora em casa com mais uma pessoa – sendo que 32% destas casas têm crianças de até 14 anos. Os dados, coletados em uma pesquisa feita por acadêmicos do curso de Publicidade e Propaganda da Furb, traçam o perfil da pessoa que adota bichos de estimação na cidade e revelam que o mais adotado é o cachorro, ainda filhote, visto como forma de companhia.

O perfil principal de quem adota também aponta que 39% das pessoas acolhem apenas um bicho, 48% dedicam mais de 1h30min de atenção diária ao animal e 63% resolveram adotar e não comprar, por compaixão.

Assim como no perfil, aos 21 anos a operadora de caixa e estudante de matemática, Jéssica Bona, se deixou levar pelo coração. Em fevereiro deste ano, ela se rendeu aos encantos de Benjie, uma mistura de schnauzer e cocker.

A vontade de adotar surgiu quando ela passava muito tempo sozinha em função do horário de trabalho e surgiu a vontade de ter companhia. Jéssica encontrou o filhote de cinco meses através de uma voluntária da ONG Aprablu. Ele havia sido abandonado e estava com feridas pelo corpo, alergias, pulgas e abaixo do peso.

– O Benjie é mais que um cão de companhia. É como se fosse o meu anjinho de quatro patas, pois minha vida se tornou muito mais feliz com ele. Acho que todas as pessoas que pensam em comprar um animal de estimação deveriam primeiro dar uma chance a um bichinho que está a espera de um lar, pois isso faz muito bem para qualquer ser humano – relata Jessica.

Hoje, com um ano e três meses, Benjie está com 13 kg e não desgruda da companhia de Luck, um schnauzer de sete meses que Jéssica ganhou de aniversário.

Pesquisa analisou hábitos do público adotante

A pesquisa, feita dentro do projeto de extensão Comunicação para o Desenvolvimento Social, tem como objetivo desenvolver o planejamento de comunicação de entidades não governamentais do município. A intenção é mobilizar a comunidade e conseguir apoio e recursos para enfrentar os problemas sociais aos quais as organizações se dedicam, explica a coordenadora do projeto Fabrícia Zucco:

– A primeira etapa para desenvolver a campanha foi conhecer os hábitos e costumes do público-alvo, e para isso foi feita a pesquisa com pessoas que adotaram na ONG Aprablu, pois assim teríamos embasamento para persuadir novas pessoas para a causa.

Além de definir o perfil dos adotantes, os alunos desenvolveram como parte do projeto, uma campanha publicitária e um novo site para a ONG Aprablu, que devem ser entregues na próxima semana.

morgana.michels@santa.com.br
MORGANA MICHELS

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