terça-feira, 11 de dezembro de 2012

Animal não é brinquedo




Com a chegada das festas de fim de ano, muitos pais decidem dar a seus filhos um animalzinho de estimação como presente pelo bom comportamento ou pelas boas notas escolares. A opção na maior parte das vezes é pela compra ou adoção de filhotes, pois são mais fofinhos e mimosos, e mais adequados para “educar”.

Nos primeiros dias, tudo é festa e encantamento com aquela bolinha de pelo que chegou. Cada gracinha, cada descoberta, cada nova estripulia é motivo para risos e registro fotográfico. Mas com o passar do tempo, à medida que o animalzinho começa a crescer, alguns comportamentos que antes eram considerados engraçados, se tornam inaceitáveis e irritantes. Um cocozinho onde não devia, o sapato novo roído, pelo no sofá e nos tapetes. Tarefas como alimentar, limpar a sujeira do filhote, levá-lo para se exercitar se tornam cansativas e chatas.

Alguns pais até são bem intencionados ao decidir dar a seus filhos um animal de estimação, para que eles possam ter um bom companheiro de brincadeiras e aventuras, mas nem sempre levam em consideração as conseqüências dessa decisão.

Animais não são seres inanimados ou movidos a pilha, que vem com um manual de instrução e com botão de liga/desliga. Eles crescem, tornam-se adultos, envelhecem. Tem personalidades e comportamentos diferentes, ficam doentes, precisam de atenção e cuidados especiais. E te amam incondicionalmente desde que te conhecem. Não podem ser trocados ou descartados quando não agradarem mais ou porque apresentaram algum defeito.

Ao introduzir animais na dinâmica familiar, os pais podem ter uma ótima oportunidade para ensinar bons valores para seus filhos, como responsabilidade, respeito a outras formas de vida, afeto e dignidade, desde que esses também sejam os seus valores pessoais. Não se ensina aquilo que não se acredita e conhece.

Animais podem ser grandes companheiros e ótimos professores também, basta ter sensibilidade e humildade para perceber isso. Acompanhar o crescimento e mudanças físicas do animal, descobrir o que o deixa feliz e satisfeito e o que o incomoda e o faz sofrer, tudo isso ajuda a criança a descobrir coisas valiosas da vida.

Eles só não servem como brinquedo. Para isso, existem muitas opções criativas e interessantes no mercado. Apesar da campanha não ser nenhuma novidade, sempre é bom relembrar: ANIMAL NÃO É BRINQUEDO! Sente fome, frio e medo.

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