quinta-feira, 27 de outubro de 2011

Estresse


Não é apenas o ser humano que pode sofrer de estresse. Essa palavra, tão comumente usada nos dias atuais, não é nenhuma novidade no mundo animal.
Sob condições adversas, tais como: transporte, mudança de ambiente ou na rotina da casa, morte do dono ou na família e viagens, os animais podem reagir com mudanças fisiológicas e/ou comportamentais.
Alguns animais apresentam diarréias quando voltam do banho em petshops. Por melhor que seja o tratamento oferecido, para esses animais a situação gera estresse capaz de causar-lhes diarréia. Nesses casos, é aconselhável que o dono acompanhe o animal durante o banho.
A introdução de um novo animal na casa pode ser um fator estressante para outro que já viva no ambiente, independente da espécie. A reação pode ser comportamental, com sinais que vão da agressividade à apatia, ou fisiológicos, com vômitos, diarréia ou perda de apetite.
A morte do dono é uma situação extremamente estressante. Muitos animais se recusam a comer por vários dias e perdem o interesse por tudo que os cercam. Há casos em que o animal chega a adoecer e até mesmo morrer, logo após a morte de seu dono. Notamos que esses animais não demonstram reação positiva ao tratamento, nos dando a impressão de total desinteresse por viver.
O transporte é uma das grandes causas de estresse em peixes, aves e répteis, podendo levar à morte muitos animais. Transportar um animal de uma dessas espécies requer cuidados especiais e condições que minimizem o estresse como: temperatura certa e caixas de contenção apropriadas.
Mudanças ambientais também causam estresse nos animais. Nas espécies mais sensíveis como répteis, peixes e aves, alterações bruscas na temperatura, mudança na alimentação ou local onde o animal viva, são fatores estressantes.
Em cães e gatos, a ausência do dono, diminuição do tempo ou frequência dos passeios, mudança de um empregado da casa, obras ou reformas ou situações em que o dono passa menos horas com o animal, podem causar estresse.
Na maioria dos casos, retirando-se a causa do estresse, o animal volta à sua vida normal. O estresse não é uma "doença" nos animais, mas um estado bastante comum. Ele pode sim gerar queda de resistência no organismo e levar a uma doença.
O estresse não pode servir de diagnóstico antes de eliminarmos todas as outras prováveis causas que levem a mudanças no comportamento e fisiologia. Nem todo o animal que está "diferente", está estressado. Ele pode estar doente. Não deixe de procurar o veterinário.

Fonte: webanimal

Um toque de carinho

A menina Giulia que ajudou sua mamãe Karina a resgatar a cadela Giulia, numa demonstração de amor e carinho, fez este desenho e colou dentro do canil da cadela.

terça-feira, 25 de outubro de 2011

Chico Bento

Essa fofura canina é o CHICO BENTO  e ele precisa de um lar.
Unico sobrevivente da ninhada da Ágatha, está com aproximadamente 70 dias de vida, foi vermifugado e recebeu as duas primeiras vacinas, faltando apenas mais uma de filhote.


Muito fofo, alegre, brincalhão, cheiroso, bonito, querido, ou seja, ele é tudo de bom!
Quer conhecê-lo?
Entre em contato comigo: 9619 1163

Giulia e Giulia

Se depender de amor, nossa magrela GIULIA recuperará plenamente sua saude e alegria de viver, apesar de estar subnutrida e com doença do carrapato.
Os anjos dela, Karina e sua filha Giulia, vão diariamente visitá-la na clínica e levar carinho, petiscos e agrados, além de levá-la para pequenos passeios.

Ele quer tudo que a gente come

Publicado em: 23/10/2011 18:11:54
Basta reunir a família à mesa para o almoço, jantar ou qualquer outra refeição que logo aparecem nossos amigos de quatro patas para também participar deste momento tão delicioso.
Geralmente estas visitas acontecem por causa da quantidade excessiva de zelo e mimo direcionada aos animais, mas quem consegue contrariá-los?
Os cães, assim como os gatos, sabem muito bem como implorar por uma delícia, alguns animais até desenvolvem técnicas diferenciadas para serem percebidos e ganharem suas tão desejadas guloseimas.
Um gato geralmente começa o processo tocando com as patas de leve no corpo de quem ele sabe que existe uma chance maior de sucesso, mas se ele perceber que a vítima não deu atenção suficiente, o jogo se intensifica e o danadinho começa a usar suas unhas, e a intensidade das investidas vai aumentando, até que ele fica chato o suficiente para conseguir seu tão desejado prêmio.
O cão tem uma tendência a vocalizar mais, o que começa com um simples sussurro, vai aumentar até um latido, com uma frequência sonora muito diferente do latido normal e com um som que parece até atravessar nossa cabeça, como um jato.
Para o cão o processo da “manipulação” é um pouco mais elaborado, após conseguir a atenção de sua vítima, mesmo que para repreendê-lo, eis que o danado utiliza sua arma secreta, e como um ator de talento digno de um Oscar, ele solta seu olhar de piedade, faz a carinha de “tô com fome” e por último, se senta, estica a patinha e faz pose de inteligente, mostrando que ele sabe fazer aquilo que você sempre pede pra ele fazer - mas que ele nunca faz.
Pronto. Isso é o suficiente para, mais uma vez, o cãozinho ou o gatinho ganhar sua tão desejada guloseima. Cães e gatos são peritos em convencer as pessoas a realizarem seus desejos, e geralmente só percebemos que o nosso pet pidão é um problema quando outras pessoas nos alertam sobre o comportamento do animal.
Precisamos ficar atentos às investidas dos nossos amigões, além de não ser uma prática saudável, em muitos casos os animais se tornam muito insistentes, chegando ao ponto de fazer assaltos quando ninguém está olhando.
Para evitar este tipo de comportamento, o primeiro passo é você ter consciência que nem todo alimento é indicado para os animais. Uma alimentação extra pode levá-lo à obesidade. O ideal é alimentá-lo com uma ração balanceada e de boa qualidade.
Depois de se conscientizar que a prática de oferecer as guloseimas pode ser prejudicial à saúde do seu pet, é importante que limites sejam estabelecidos. Alimente seu animal somente em sua vasilha, mesmo que você queira oferecer uma guloseima, que ela seja oferecida no horário de alimentação do animal e em sua vasilha de alimentação, nunca na hora em que as pessoas estejam comendo.
É de extrema importância que todos na casa tenham a mesma postura, de alimentá-lo somente nas condições pré-estabelecidas. O processo não vai surtir resultado se alguém ceder aos apelos do pidão. Todos devem ser firmes, mesmo que ele faça carinhas e expressões. Como você já sabe, os pets são os melhores atores que você vai encontrar.
Seguindo estas dicas você irá conseguir que seu pet entenda que ele só irá ganhar alguma guloseima se tiver um bom comportamento. Com isso ele vai acabar deixando de lado todo aquele processo desgastante, e muitas vezes constrangedor.
Não se esqueça de sempre consultar um veterinário para saber o que você pode ou não dar para seu amigão, e saiba que passeio e exercícios são muito mais importantes para vida e saúde do seu pet do que guloseimas.
E não se esqueça nunca: seja firme e não ceda aos olhinhos altamente manipuladores destes corações de pelo.

Por Jorge Pereira
Cinotécnico e etólogo

segunda-feira, 24 de outubro de 2011

A diferença de tratamento de cachorros de estimação entre a Alemanha e o Brasil

21 de outubro de 2011 
Melhor amigo
O melhor amigo de qualquer alemão é o seu cachorro. Não tente explicar que no Brasil é comum haver animais usados como guardas, que dormem fora de casa: é algo que não vai acontecer na Alemanha. Primeiro pelo rigor do inverno, claro. Depois pelo status que os cãezinhos têm. Por lá, não existem animais de rua. Para ter o seu companheiro, é preciso pagar um imposto anual – que pode variar de R$ 150 a R$ 400 dependendo do Estado. Além disso, em muitas cidades, já há leis que obrigam o cachorro a passar por uma escola – a Hundschule – para andar com o dono em espaços públicos. Nesses locais, se o cachorro morder alguém ou for flagrado sem a documentação em dia, as multas podem ser bem salgadas.
Vaivém
Os cães andam de trem, de ônibus, de bicicleta. Frequentam restaurantes, bancos e outros serviços públicos. Via de regra, são aceitos em todos os lugares, a não ser que haja uma placa explicando que não podem entrar. Supermercados são espaços vetados aos amigos de quatro patas e onde os cães esperam do lado de fora, juntos, sem brigas.
Algumas vezes há pequenos cercados com água e ração oferecidos como cortesia. Se os cães refletem o comportamento dos donos, isso explicaria em grande parte o fato de não se ouvir qualquer latido pelas cidades. Mas nem pense em chamar, acariciar ou fazer gracinhas para os cães alheios. Além do animal dificilmente dar atenção a estranhos, alemães não gostam desse tipo de intimidade com os seus bichinhos.

sábado, 22 de outubro de 2011

Um dia divertido pra cachorro!!


Um dia divertido pra cachorro e pra gente também! 
Assim foi a primeira sessão de fotos na agência ACTONOVE com sete cães sob a guarda da Aprablu e de protetores parceiros.
Nesse dia foram levados cães que estão abrigados nas clínicas veterinárias BIO BICHOS e SAUDE ANIMAL.
O objetivo desse trabalho é divulgar melhor os cães sem lar e estimular sua adoção.
 

Para os cães foi uma ótima oportunidade de passar uma tarde brincando e socializando entre si e com pessoas. Uma boa forma de desestressar, pois passam a maior parte do dia confinados em grades e jaulas.

Quem se divertiu particularmente foi a Amanda, publicitária da ACTONOVE, agência que está fazendo esse trabalho.


Agradecemos também a Paraíso Pet Shop que forneceu graciosamente os adereços e objetos usados na produção dos cães.

quinta-feira, 20 de outubro de 2011

Nossos cães na SAUDE ANIMAL

A APRABLU está abrigando vários cães em clínicas veterinárias, alguns já aptos para adoção, por falta de lares provisórios disponíveis. Os poucos voluntários que fazem esse trabalho estão com suas casas cheias e alguns tiveram casos de cinomose recentemente, o que impossibilita o abrigamento de cães sem vacina ou debilitados, que podem se contaminar com o vírus.

Os animais abrigados em clinicas veterinárias recebem atenção, cuidados e carinho, mas a permanência nesse ambiente pode estressá-los, pois ficam a maior parte do tempo confinados em jaulas ou grades.
O ideal seria que ficassem em um ambiente familiar, onde possam ter uma recuperação mais natural.

Divulgamos alguns cães que estão hoje na Clínica Veterinária SAUDE ANIMAL, aguardando espaço em lares provisórios e adoção.

A GIULIA foi resgatada há poucos dias em extremo estado de subnutrição, porém ainda forte o bastante para lutar por sua vida. É uma cadela adulta, porém jovem, de médio porte, pelagem curta e negra. Dócil e amistosa, adora quando é levada para pequenos passeios e tomar sol. Responde com um olhar profundo e gentil e uma colinha ainda tímida, mas que já abana em agradecimento.
Ficará internada ainda algumas semanas em tratamento para recuperar massa muscular e a alegria de viver.

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Essa mãezinha foi abandonada com cinco filhotes por sua família que se mudou e os deixaram para trás. Os filhotes, um macho e quatro fêmeas, estão com aproximadamente 40 dias, já foram vermifugados e já podem ser adotados.
A mãezinha foi vermifugada e em breve será vacinada. Sua castração será feita quando seus filhotes forem adotados, mas já pode ser adotada por uma família responsável e amorosa. A vacina e castração dela serão patrocinadas pela Aprablu.


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GABI é uma mestiça de pinscher filhotona ainda, deve ter aproximadamente 6 meses de idade. Já foi vacinada e castrada e precisa engordar mais um pouquinho, mas já está pronta para adoção. Carente, afetuosa e dengosa, procura uma família que dê a ela uma chance de ser feliz, pois com tão pouca idade já conheceu um lado bem feio dos seres humanos.

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Além desses, outros amiguinhos esperam sua visita: SAUDE ANIMAL - 3340 2018
Rua Joinville, 128
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Curitiba proíbe doação e venda de animais em feiras e exposições de produtos variados


Na cidade de Curitiba, promotores de feiras e exposições destinadas ao comércio e divulgação estão proibidos de doar, vender ou distribuir animais em seus eventos, conforme determina a Lei 13.558/10, de autoria do vereador João Claudio Derosso (PSDB/PR).
Em vigor desde 8 de julho, a legislação proíbe ainda o uso decorativo de animais nesses eventos, assim como exibições em espetáculos artísticos. A multa pelo descumprimento da lei é de 500 reais por animal.
O vereador Derosso afirma que os promotores de feiras chegam a distribuir pintinhos coloridos ou peixinhos para estimular a compra de roupas ou até de cães e gatos. “Muitas vezes encontramos filhotes sendo vendidos em estandes. Os animais não podem sofrer abuso assim, não são brindes, não são coisas, são seres sencientes. E não tem cabimento vender animais nessas feiras, realizadas em locais inadequados para o bem-estar e o conforto deles. Curitiba é uma cidade fria, tem vendedor sem consciência que deixa os filhotes durante a noite em gaiolas, sem comida nem água, e sem aquecimento adequado. Isso acabou”, argumenta o parlamentar.
As feiras específicas de venda de animais ou a venda em canis e pet shops, onde existam médicos veterinários responsáveis pelos filhotes, estão liberadas.
Segundo Derosso, a idéia é regular o comércio de animais em outra lei. Ele esclarece que houve uma tentativa de incluir pet shops localizados em centros comerciais nesse primeiro projeto, mas depois optou-se por regular primeiramente a distribuição ou doação de animais em feiras, uma prática até então comum na capital paranaense.
O médico veterinário Rafael Ohi, responsável técnico da ONG PROBEM – Associação de Proteção e Bem-Estar Animal, afiliada à WSPA, e a assessora jurídica da entidade, Marisol Merino, apoiaram o projeto e esperam ver a lei cumprida com rigor.
“Qualquer lugar onde se pretenda colocar um animal, mesmo em feira de adoção, tem que ter planejamento, promovendo condições de saúde e bem-estar para os animais. Nessas feiras, qualquer pessoa mexia nos animais, e os criadores de fundo de quintal até se utilizavam desses eventos para comprar ou adotar animais, com o intuito de reproduzi-los depois”, frisa o médico veterinário.
A advogada Marisol Merino complementa explicando que não deve-se misturar um evento comercial ou promocional de roupas, maquinário, brinquedos ou outros produtos com animais. “Uma feira de adoção deve ser um evento específico, tendo como atrativo central os animais, para que possamos conseguir adoções conscientes. A pessoa tem que ir sabendo o que quer, buscando um cão ou gato. Caso contrário, o risco de abandono é grande, e ocorre em menos de seis meses. Alguém que vai ver brinquedos ou móveis não está necessariamente preparado para uma adoção e pode levar o animal por impulso”.
Já a educadora ambiental Laelia Tonhozi, em um manifesto do Movimento SOS Bichos, frisou a importância da elaboração de leis específicas: “já tivemos muitos casos em que não havia nada a fazer em relação à doação de animais como brindes, por falta de legislação pertinente. Vimos serem distribuídos peixinhos, pintinhos, coelhinhos e até bezerros que foram sorteados em festas. A Lei de Crimes Ambientais nem sempre é suficiente em alguns casos, pois comprovar maus-tratos, da forma como um juiz deseja, nem sempre é possível. Sua concepção circula dentro de parâmetros muito variáveis e subjetivos.
 Sociedade Mundial de Proteção Animal
Av. Princesa Isabel, 323 - 8º andar - Copacabana - Rio de Janeiro - RJ
CEP: 22.011-901 - TEL.: 21 3820-8200

quarta-feira, 19 de outubro de 2011

Um gato que dorme

Nem só de histórias tristes é nosso dia a dia.
Em nossas andanças por veterinárias, agroavícolas e pet shops, encontramos os mascotes desses estabelecimentos. Olha o vidão desse gato, mascote da Paraíso Pet Shop, dormindo solenemente sobre os sacos de ração.

terça-feira, 18 de outubro de 2011

Giulia, uma heroina de quatro patas

Não existem palavras para descrever a imagem dessa cadela resgatada ontem (17/10/11) e levada até a Clínica Veterinária Saude Animal.

Ela foi abandonada amarrada debaixo do sol para morrer. Várias pessoas passaram por ela mas foram incapazes de resgatá-la. Foi necessário que uma mãe e sua filha de oito anos que passavam pelo bairro a vissem e parassem para socorrê-la.
Como disse uma amiga jornalista, o espírito alemão serve para plantar flores e manter as calçadas limpas, mas quando se trata de fazer alguma coisa por algum animal indefeso, fica todo mundo de braços cruzados, esperando que as autoridades e ongs de proteção animal façam alguma coisa.

Agora ela está recebendo alimentação de alto teor nutritivo e cuidados necessários para sua reabilitação.
Para conhecê-la pessoalmente, agende uma visita na Clínica veterinária SAUDE ANIMAL (3340 2018).


Mãezinha com filhotes resgatada

Uma cena comum nas cidades brasileiras: famílias que se mudam e deixam seus cães para trás abandonados à própria sorte.

Desta vez foi uma cadelinha com cinco filhotes, abandonada no bairro da Velha, em Blumenau.

Essa fofinha estava bem abaixo do peso, pois além de ter que alimentar sua ninhada, ficou vários dias sem comida. Alguns vizinhos foram alimentá-la depois que uma voluntária da Aprablu deixou um saco de ração com eles.
Não aguentando mais a situação, fomos buscá-los dia 15/10/11 e os deixamos numa clínica veterinária para cuidados e para que possam se recuperar até que possam ser disponibilizados para adoção. São quatro fêmeas e um macho.




Todos eles aguardam visitas de famílias amorosas que queiram adotá-los.
Estão na Cinica Veterinária SAUDE ANIMAL: 3340 2018

segunda-feira, 17 de outubro de 2011

Sindrome dos colecionadores de animais

(O doutor em psicologia Randy Frost, do Smith College, de Massachusetts, nos Estados Unidos, explica o que é a síndrome dos colecionadores de animais)
 

Colecionar animais (animal hoarding)

É um comportamento humano patológico, que envolve a necessidade compulsiva de ter e controlar animais, associada à incapacidade de reconhecer o sofrimento deles.
Implica o crime de maus tratos aos animais e envolve sérias questões de saúde pública.


ÉPOCA - Como um colecionador de animais patológico se diferencia de um cachorreiro normal?
Randy Frost- Observamos se os animais estão recebendo tratamento adequado. Há pessoas que possuem vários animais e são capazes de cuidar bem deles, mas em um dado momento alguma coisa acontece e surge um desequilíbrio. Normalmente é algum tipo de perda, seja financeira ou de alguma pessoa querida. A partir daí essas pessoas não conseguem mais cuidar dos animais como cuidavam antes e eles passam a sofrer. Elas não percebem que seu comportamento mudou e não tomam uma providência para voltar ao normal.
 
ÉPOCA - Então tudo começa a dar errado a partir de uma situação nova? Frost-Sim, em alguns casos. Esse é um dos perfis de colecionadores de animais. Uma das características dessa síndrome é a ligação forte que essas pessoas sentem com os animais. Muita gente que cria bichos de estimação em casa se sente ligada afetivamente com eles, mas nos colecionadores essa ligação é tão próxima que eles não conseguem deixar o animal ir embora, mesmo quando está claro que ele ficaria melhor em outro lugar. Muitas vezes gastam muito dinheiro e muito tempo por causa disso. A situação até pode seguir sob controle durante algum tempo. O problema é quando, por alguma questão financeira, familiar ou de saúde, a pessoa não tem mais condições de cuidar dos bichos, mas já não consegue se desapegar deles e procurar um novo cuidador

ÉPOCA - O que pode ser feito para ajudar essas pessoas e esses animais?
Frost -Nós não sabemos qual é a melhor estratégia. Conheço pessoas que foram colecionadoras de animais e hoje estão livres do problema. Elas contam que, enquanto estavam agindo como colecionadoras, simplesmente não percebiam o que estava acontecendo. Não enxergavam que podiam viver sem tantos animais, e que aqueles animais também conseguiriam viver muito bem sem eles. Depois que eles ficaram sem os animais, adquiriram uma nova perspectiva daquela situação. [Nos Estados Unidos esses casos são resolvidos judicialmente: os animais são recolhidos e os colecionadores são proibidos de criar animais novamente] Finalmente perceberam que na verdade estavam prejudicando seus bichos. O problema é que os abrigos costumam não ser espaçosos o bastante para acomodar tantos. Então algumas vezes eles são sacrificados.

ÉPOCA - O medo dos colecionadores é justamente esse, não?
Frost -Sim, eles sentem que têm a missão de evitar a morte dos animais. Eles seguem o raciocínio de que um animal doente ou tratado inadequadamente é melhor do que um animal morto. O que me parece é que a melhor estratégia para começar a recuperação dos colecionadores é criar um ambiente estável e evitar que eles colecionem mais animais. É muito difícil conseguir que as pessoas se desfaçam de seus bichos.

ÉPOCA -E dá pra prevenir esse comportamento?
Frost -O que acontece aqui - e acredito que no Brasil aconteça a mesma coisa - é que essas pessoas são facilmente identificadas em suas comunidades como "a mulher dos gatos", ou algo assim. E aí os vizinhos que não querem mais seus gatos vão jogá-los dentro da casa dessa mulher. E isso contribui para agravar o problema. E o que essa mulher vai fazer? Ela não será capaz de despejá-lo na rua, pois tem medo de que o gato não sobreviva.

ÉPOCA - Há como parar esse ciclo vicioso?
Frost - Sim, quando há clínicas veterinárias e abrigos que os colecionadores freqüentem. Os profissionais desses lugares podem ficar de olho nos colecionadores e puxá-los para uma conversa. Eles podem falar sobre o estado de saúde dos animais e oferecer algum tipo de ajuda.

ÉPOCA - Aqui a internet tem sido uma aliada de cachorreiros e ONGs na meta de aumentar as adoções. Você vê essas redes positivamente?
Frost -Acho que a internet é um ótimo recurso para resolver esse tipo de problema. Só que ela é ao mesmo tempo um lugar onde os problemas podem ficar piores, pois os colecionadores podem procurar ainda mais animais na internet.

Características do comportamento de um colecionador de animais

  • - Incapaz de colocar um limite no número de animais abrigados
  • - Mantém um número anormal de animais em casa
  • - Incapaz de dar aos animais o mínimo de condições de vida: alimento adequado, água, cuidados veterinários, e higienização do animal e do ambiente (as fezes e a urina se acumulam)
  • - Inábil para admitir a própria incapacidade de cuidar minimamente dos animais e perceber o impacto negativo em sua própria saúde e bem-estar, na das pessoas próximas e dos animais abrigados
  • - Incapaz de agir sobre a deterioração das condições dos animais ou do ambiente
  • - Incapaz de doar um animal que seja (há casos em que nem os animais mortos são retirados do local)
  • - Evita situações que poderão expô-lo, como, p.ex., receber amigos em casa

Lidando com o colecionador
Uma das formas mais efetivas de lidar com situações de Hoarding é montar uma força-tarefa interdisciplinar, envolvendo representantes de todas áreas envolvidas. Nos Estados Unidos, muitas comunidades montaram equipes com pessoas da área da saúde pública, serviço social, fiscalização do código de posturas e grupos de proteção aos animais, para um esforço conjunto na condução destes casos.

Fonte: http://revistaepoca.globo.com/Revista/Epoca/1,,EDG75402-5856,00.html
www.cachorrolandia.nafoto.net
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