segunda-feira, 19 de dezembro de 2011

Gato e Sapato


Teto de sol ou de lua
Comida de quem lhe der
Cama pelo chão da rua
Aos pés de um poste qualquer
Feito de gato e sapato
Vida sem dono de cão
Voz que não pode falar, de fato
Mas uiva cada vez mais
Por compaixão
Oh, mundo gigante!
Ah, busca constante
Onde tudo é quase nada
Pois nada é bastante..
Bicho esquecido da gente
Gente a vagar que nem bicho
Numa mistura indigente
Catando resto de lixo
Na bíblia a verdade grita
Leis sagradas no Alcorão
Lições de amor no Bhavagadguita
Aos mestres dizemos sim, vivendo não

A música interpretada por Patrícia foi composta por Sergio Sá e Cristina Reis.

http://entretenimento.r7.com/musica/noticias/depois-de-caozinho-espancado-cantora-faz-homenagem-para-animais-que-sofrem-maus-tratos-20111217.html

O mundo se comove ...

Não compre animais, ADOTE!

Normas para ter um cão em casa

sábado, 17 de dezembro de 2011

Cuidados para evitar viroses nos animais



Existem vários vírus que acometem os cães e gatos, e são eles os responsáveis por quase 80% das mortes em filhotes. Não apenas os filhotes, mas os adultos, embora mais resistentes, também podem adoecer. Alguns proprietários por falta de informação ou por esquecerem alguns detalhes que parecem de pouca importância, sem querer, submetem seus animais a situações de risco. Veja abaixo dicas importantes para assegurar a saúde do seu amigo.

  • Nenhum filhote deve sair à rua ou ter contato com outros animais antes de completar a vacinação.
  •  Apenas uma ou duas doses de vacina não são suficientes para imunizar o animal. Ele só estará protegido após tomar todas as doses necessárias.

  •  Após ter tomado a última dose de vacina, o animal deverá aguardar um período de 15 dias antes de sair à rua ou ir para um hotelzinho. Esse período é necessário para que o cão ou gato produza defesas (anticorpos) suficientes para a sua proteção.

  •  Quando for vacinar seu filhote em uma clínica veterinária, não coloque-o no chão ou deixe que ele cheire outros animais da mesma espécie.

  •  Nunca atrase a vacinação anual do seu animal. Se não puder vaciná-lo na data, prefira vaciná-lo antes do vencimento.

  •  Desconsidere atestados de vacina emitidos por canis/gatis quando não constarem a assinatura e o carimbo do médico veterinário ao lado do selo da vacina. No caso de filhotes, recomece a vacinação desde a primeira dose.

  •  Alguns criadores, por excesso de zelo ou desconhecimento, aplicam a primeira dose da vacina em animais muito jovens. Dependendo da vacina, ela não trará benefício algum, nem irá conferir proteção. O ideal é iniciar a vacinação a partir de 45 dias de idade ou a critério do veterinário.

  •  Funcionários de pet shops não estão autorizados a aplicar vacinas em animais. Além de você não saber a procedência da vacina e como ela foi conservada, só o médico veterinário poderá analisar se o seu animal está em condições ideais para ser vacinado. A vacina comprada em lojas pode ser mais barata, mas as conseqüências da má aplicação ou falha vacinal irá custar muito caro para o dono do animal.

  •  Cães e gatos não podem ser vacinados se estiverem no cio, gestantes, com febre, debilitados, com diarréia ou com vermes. Animais que receberem a vacina nessas condições podem não produzir defesas suficientes para sua total proteção.

  •  Nunca coloque um animal, principalmente um filhote, num ambiente que foi freqüentado por outro que adoeceu e/ou morreu com alguma virose. Os vírus resistem por mais de 1 ano no ambiente. A desinfecção não garante total eliminação do vírus. Se você teve um cão que morreu de parvovirose ou cinomose, além de desinfetar o ambiente com cloro, deve aguardar no mínimo 1 ano para colocar outro cão na mesma residência.

  •  Sempre que adotar um animal de um abrigo ou recolhê-lo das ruas, procure aguardar 15 dias antes de colocá-lo junto com o outro animal da casa. Após esse período, se o novo cão ou gato não apresentar vômitos, diarréia ou apatia, você terá certeza que ele não estava incubando uma virose.

  •  Filhotinhos adquiridos de canis/gatis devem ter uma "garantia", em contrato, de 10 a 15 dias contra viroses. Isso significa que, se for constatada uma virose no cão ou gato dentro período, o estabelecimento deverá se responsabilizar pelo animal. Claro que o proprietário do filhote deve assegurar que ele não saia à rua ou tenha contato com outros animais.

  •  Não hospede seu animal em hotéis que não exigem a carteira de vacinação comprovando que o cão ou gato está com a imunização em dia.

  •  Mesmo com todas as vacinas em dia, não deixe seu cão/gato ter contato com animais sabidamente doentes por viroses. Nenhum laboratório garante 100% de eficácia da vacinação, pois a resposta de cada organismo é diferente. Vacinado, ele está garantido, porém, uma porcentagem muito pequena dos animais pode não produzir defesas suficientes contra os vírus.

  •  Nos dias posteriores à vacinação você pode banhar seu animal, exceto se estiver muito frio. Não deixe que ele tome chuva e fique molhado, principalmente no inverno. Qualquer queda de resistência do organismo pode interferir no efeito da vacina.

  •  Jamais deixe de vacinar seu cão/gato porque ele nunca sai de casa ou vive em apartamento. Não é impossível você levar os vírus para dentro de sua casa através dos sapatos. Se a carga for grande o suficiente ou seu cão estiver debilitado, ele pode adoecer…

Fonte: Webanimal

sexta-feira, 16 de dezembro de 2011

Documento sobre denúncia de maus-tratos ou crueldade contra animais.

 
Quando o assunto é denúncia de maus-tratos ou crueldade contra animais, o Brasil possui legislação
pertinente e autoridades competentes que são responsáveis pela manutenção da lei e punição de crimes.

Caso você presencie maus-tratos a animais de quaisquer espécies, sejam domésticos, domesticados,
silvestres ou exóticos – como abandono, envenenamento, presos constantemente em correntes ou cordas
muito curtas, manutenção em lugar anti-higiênico, mutilação, presos em espaço incompatível ao porte do
animal ou em local sem iluminação e ventilação, utilização em shows que possam lhes causar lesão, pânico
ou estresse, agressão física, exposição a esforço excessivo e animais debilitados (tração), rinhas, etc. –, vá à
delegacia de polícia mais próxima para lavrar o Boletim de Ocorrência (BO), ou compareça à
Promotoria de Justiça do Meio Ambiente.

A denúncia de maus-tratos é legitimada pelo Art. 32, da Lei Federal nº. 9.605, de 12.02.1998 (Lei de Crimes Ambientais) e pela Constituição Federal Brasileira, de 05 de outubro de 1988.

É possível denunciar também ao órgão público competente de seu município, para o setor que responde aos
trabalhos de vigilância sanitária, zoonoses ou meio ambiente. Lembrando que cada município tem legislação
diferente, portanto caso esta não contemple o tema maus tratos pode utilizar a Lei Estadual ou ainda recorrer
a Lei Federal.

Lei de Crimes Ambientais

“Art. 32. Praticar ato de abuso, maus-tratos, ferir ou mutilar animais silvestres, domésticos ou domesticados,
nativos ou exóticos:

Pena - detenção, de três meses a um ano, e multa.

§ 1º. Incorre nas mesmas penas quem realiza experiência dolorosa ou cruel em animal vivo, ainda que para
fins didáticos ou científicos, quando existirem recursos alternativos.

§ 2º. A pena é aumentada de um sexto a um terço, se ocorre morte do animal.”

Constituição Federal Brasileira

Art. 23. È competência comum da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios:

VI – proteger o meio ambiente e combater a poluição em qualquer de suas formas;
VII – preservar as florestas, a fauna e a flora;

Art. 225. Todos têm o direito ao meio ambiente ecologicamente equilibrado, bem de uso comum do povo e
essencial à sadia qualidade de vida, impondo-se ao poder público e à coletividade o dever de defendê-lo e
preservá-lo para as presentes e futuras gerações.

§ 1.º Para assegurar a efetividade desse direito, incumbe ao poder público:

VII - proteger o Meio Ambiente adotando iniciativas como: proteger a fauna e a flora, vedadas, na forma da
lei, as práticas que coloquem em risco sua função ecológica, provoquem a extinção de espécies ou
submetam os animais à crueldade.”

A denúncia pode ser feita nas delegacias comuns ou nas especializadas em meio-ambiente. Também podese
denunciar diretamente no Ministério Público ou no Ibama.

Como proceder nas delegacias

- Cumpre à autoridade policial receber a denúncia e fazer o boletim de ocorrência. O policial que se negar a
agir estará cometendo crime de prevaricação (retardar ou deixar de praticar, indevidamente, ato de ofício, ou
praticá-lo contra disposição expressa de lei, para satisfazer interesse ou sentimento pessoal - art. 319 do
Código Penal). Caso isso aconteça, há como queixar-se ao Ministério Público ou à Corregedoria da Polícia
Civil.

- Assim que o escrivão ouvir seu relato sobre o crime, a ele cumpre instaurar inquérito policial ou lavrar
Termo Circunstanciado de Ocorrência (TCO). Negando-se a fazê-lo, sob qualquer pretexto, lembre-o de que pode ser responsabilizado por crime de prevaricação, previsto no Art. 329 do Código Penal Brasileiro
(retardar ou deixar de praticar indevidamente, ato de ofício, ou praticá-lo contra disposição expressa de lei
para satisfazer interesse ou sentimento pessoal). (Leve esse artigo por escrito.)

- Tente descrever com exatidão os fatos ocorridos, o local e, se possível, o nome e endereço do(s)
responsável(s).
- Também procure levar, caso haja possibilidade, alguma evidência, como fotos, vídeos, notícias de jornais,
mapas, laudo ou atestado veterinário, nome de testemunhas e endereço das mesmas. Quanto mais
detalhada a denúncia, melhor.

Dica: ao ir à delegacia, procure levar por escrito o art.32 da Lei de Crimes Ambientais (Lei Federal n.º 9.605
de 1998), uma vez que, infelizmente, há policiais que não estão cientes do conteúdo dessa lei.
Saiba que você não será o autor do Processo Judicial que for aberto a pedido do delegado. O Decreto
24645/1934 reza em seu artigo 1º - “Todos os animais existentes no país são tutelados do estado”, Logo,
uma vez concluído o inquérito para apuração do crime, ou elaborado TCO, o Delegado o encaminhará ao
juízo para abertura da competente ação penal onde o Autor da ação será o Estado

Como proceder no Ministério Público

- O Ministério Público é quem tem a autoridade para propor ação contra os que desrespeitam a Lei de Crimes Ambientais. Sendo assim, pode-se fazer a denúncia diretamente no MP, o que agiliza muito o processo.

- Tente descrever com exatidão os fatos ocorridos, o local e, se possível, o nome e endereço do(s)
responsável(s).

- Também procure levar, caso haja possibilidade, alguma evidência, como fotos, vídeos, notícias de jornais,
mapas, nome de testemunhas e endereço das mesmas. Quanto mais detalhada a denúncia, melhor.
Ibama (Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis)

As denúncias podem ser feitas pelo telefone 0800 61 8080 (gratuitamente) ou pelo email para
linhaverde.sede@ibama.gov.br. O Ibama as encaminhará para a delegacia mais próxima do local da
agressão.

Considerações finais

Note que o autor do processo judicial será o estado e não você. Sendo assim, não tema denunciar.
As organizações não-governamentais possuem um papel importante e insubstituível na sociedade. Porém,
exerça a sua cidadania. Não se cale frente aos crimes contra os animais e o meio ambiente, e exija das
autoridades responsáveis as providências previstas por lei.


http://www.wspabrasil.org/Images/Denuncia-de-maus-tratos-contra-animais_tcm28-5317.pdf#false

quinta-feira, 15 de dezembro de 2011

Maus-tratos contra animais mobilizam a sociedade

Atualmente, a sociedade sensibiliza-se mais com os maus-tratos impingidos a animais, principalmente a cães e gatos, que vivem próximos das famílias. No entanto, a comoção que alguns casos provocam ao serem exibidos pelas mídias e redes sociais, ainda não se traduziu em punições efetivas dos infratores. E não modificou comportamentos socialmente aceitos que causam sofrimento, como a manutenção de cães acorrentados, sem assistência veterinária e sem abrigo adequado.
Alguns casos extremos, como o cão atado a um carro em movimento e arrastado por centenas de metros, e o filhote enterrado vivo, exibidos em rede nacional pelas principais mídias, mobilizam pessoas e levam à criação de abaixo-assinados exigindo que os responsáveis pelos crimes sejam punidos severamente. E voltam à tona pedidos para a reforma da legislação com o agravamento de penas.
Entre ONGs de proteção animal, existe consenso a respeito da maior sensibilidade da população em relação ao sofrimento dos animais. Mas até onde essa sensibilização se traduz em consciência a respeito da necessidade de tratar os animais com maior consideração e cuidado, as ONGs não conseguem avaliar com precisão. Outro ponto complexo é definir se todos os efeitos da comunicação instantânea são positivos, incluindo a facilidade de contatar políticos e outras autoridades.
Simone Lima, diretora geral da ONG Pró-Anima, em Brasília, observa que “o atual tempo da comunicação não é o tempo da reflexão, da construção de estratégias, da verdadeira articulação entre entidades”. Todos têm acesso a tudo, e não necessariamente se preparam para atuar politicamente em nome da defesa dos animais, diz a ativista.
Antigamente, quem defendia animais era tido como diferente e era desrespeitado. “Há oito anos entrei em uma delegacia do meio ambiente em Brasília com uma denúncia de maus-tratos e fui humilhada. Hoje os policiais colaboram com as ações da Pró-Anima”, revela Simone.

A pressa impera e provoca equívocos

O universo de pessoas preocupadas com os animais cresceu, sendo aceitas publicamente. “Mas quem está chegando ao movimento precisa conhecer a história, saber tudo que foi conquistado e avaliar realmente o que falta em cada situação, se é necessário aprovar uma lei, se basta uma manifestação, um abaixo-assinado”, observa Simone.
Essa pressa em agir provoca equívocos. “Tem gente que lê rapidamente que um projeto foi apresentado, sequer lê o texto até o fim e já apoia ou condena”, explica. Simone sugere que a busca por estratégias é fundamental. E entre as estratégias, a aproximação com os poderes constituídos deve ser priorizada, principalmente os parlamentos e o judiciário.
Juízes, promotores e delegados precisam ser conscientizados e até pressionados para que cumpram a Lei de Crimes Ambientais. “A lei 9.605/98 tem falhas, mas deve ser cumprida e pode ajudar a sociedade a rechaçar os maus-tratos. O infrator não é preso, mas cria, no mínimo, um constrangimento”, diz Simone Lima.
Fowler Braga, coordenador do Projeto Focinhos Gelados, em Santo André, na Grande São Paulo, também identifica a pressa em agir que tomou conta das pessoas na era digital. Observa que as pessoas sentem dificuldade para lidarem com leis e projetos, o que provoca muitos equívocos e facilita comportamentos eleitoreiros, de parlamentares que divulgam grandes feitos na verdade inverídicos.
“Recentemente, uma mensagem inundou as redes sociais noticiando uma lei aprovada, mas, ao avaliar detalhadamente, era possível descobrir que o projeto simplesmente havia passado em uma comissão, tendo ainda que tramitar e ser votado em plenário”, observa Fowler, lembrando que esse tipo de comportamento de políticos deve ser rechaçado.

Conhecer candidatos é imprescindível

Fowler enfatiza que é preciso começar a observar os prováveis candidatos a vereador ou prefeito, em todo o Brasil, inclusive os que pretendem a reeleição. “Devemos conhecer realmente o que prometeram e não fizeram, o que fizeram e se as conquistas anunciadas beneficiam realmente os animais”, observa.
Simone Lima completa lembrando que trabalhar politicamente, andar em gabinetes, corredores de casas legislativas, sentar com parlamentares “não é um trabalho glamoroso como socorrer um animal, com a chance de muita mídia. Mas o trabalho legislativo, de formiguinha, precisa ser assumido pelas ONGs em todas as cidades e estados”, lembrando, ainda, que o socorro aos animais também é importante, e deve, inclusive, ser cobrado do poder público e não somente assumido pela sociedade.
Halem Guerra, presidente do Instituto Ambiental Ecosul, sediado em Florianópolis, Santa Catarina, é outro defensor do trabalho de conscientização por parte das ONGs. “Nosso movimento avançou muito, principalmente quando começou a agir estrategicamente. Estamos aprendendo cada vez mais a mostrar para autoridades, para os políticos e para a iniciativa privada que somos um segmento importante da sociedade civil, e temos peso, peso eleitoral, peso econômico, peso cultural”, afirma Halem.
Em Santa Catarina, os ativistas aproximaram-se do Ministério Público e conseguiram identificar promotores mais sensíveis à causa, iniciando um trabalho com eles. “Encaminhávamos denúncias e cobrávamos, nos mantínhamos colaborativos, mas também atentos às obrigações das autoridades. Eles mudaram a forma de agir e ainda disseminaram esse novo olhar em relação aos animais”, explica Halem Guerra.
Quanto aos políticos, o presidente do Ecosul, diz que o tema atrai muitos aventureiros, mas também existem políticos convictos da necessidade de mudar o tratamento dispensado aos animais. “E com esses temos que contar e também colaborar, identificando-os. Não vale a pena mergulhar de cabeça e apoiar qualquer um”, observa.
Halem critica o excesso de movimentos e petições por mudanças de leis. Concorda com Simone e diz que o grande movimento deve ser pelo cumprimento da legislação vigente, e, para isso, estratégia é fundamental. “O melhor que está acontecendo em cada região deve ser consolidado e divulgado para ativistas de outras regiões”, sugere.
Política pública de educação humanitária

A atuação em educação é um investimento primordial dos ativistas. Em Santa Catarina, o Ecosul tem conseguido introduzir nas escolas temas relativos ao bem-estar animal e ao meio ambiente, correlacionando com o combate à violência. Mas o grande esforço deve ser por uma política pública nacional de educação envolvendo a questão animal, preferencialmente com noções de educação humanitária. “Ou nos colocamos como indutores das políticas públicas ou continuaremos correndo atrás de tragédias”, afirma Halem Guerra.
Depois de décadas lutando e ajudando a construir leis e políticas públicas, Sonia Fonseca, presidente do Fórum Nacional de Proteção e Defesa Animal, sediado na capital paulista, reconhece a maior visibilidade que o movimento ganhou e o fato de a sociedade atualmente ter compreendido que os animais sofrem e sentem dor. “Mas, infelizmente, tudo isso ainda não se traduziu no fim do sofrimento extremo de tantos animais”.
Outra preocupação de Sonia diz respeito à forte pressão de segmentos que não se importam com os animais e nem com o meio ambiente, como tentativas de mudar o Art. 32 da Lei de Crimes Ambientais, retirando a proteção para os animais domésticos e domesticados, em defesa dos rodeios, rinhas e práticas semelhantes. “Essa ainda é uma ameaça que precisamos combater”.
Além do trabalho político, atuar para mudar comportamentos na sociedade é uma tarefa contínua. Para Sonia, não bastam episódios de extrema comoção em relação a maus-tratos divulgados à exaustão pelas redes sociais e outras mídias. “Muita gente se horroriza, mas não deixa de abandonar um animal. Precisamos evoluir mais, educar muito”, observa Sonia Fonseca, bióloga de formação.
http://www.olaonline.org.br/dez2011/joomla/index.php?option=com_content&view=article&id=47

sexta-feira, 9 de dezembro de 2011

São Paulo inaugura loja de adoção animal

O sistema de adoção de cães e gatos em São Paulo e quase todo o mundo é sofrido para os animais e para os voluntários. Na maioria das vezes os peludos ficam presos em gaiolas e irritados com a situação as chances de adoção são cada vez mais baixas em relação ao número de abandono.
Só no estado de São Paulo são cerca de sete milhões de cães nas ruas. O número é altíssimo e, por isso, é necessário local adequado para que felinos e cachorros encontrem um novo lar. E foi pensando nisso, que a Matilha Cultural e a ONG Natureza Em Forma criaram a primeira loja de adoção animal da America Latina, que será inaugurada no domingo (11/12), com uma programação especial.
A Loja de Adoção Resistência Animal, traz uma maneira inovadora de tratar os animais, com espaços confortáveis, amplos, além de oferecer produtos de qualidade e baixo custo, dando oportunidade a quem realmente quer levar um novo membro da família para casa. Além disso, a iniciativa oferece para os possíveis adotantes, todo o acesso a informação sobre possibilidades, cuidados necessários e ainda contribui para uma nova forma de pensar a relação homem/animal.
 
A loja, que ficará na Rua General Jardim, 234, Vila Buarque, centro de São Paulo, terá também venda produtos institucionais de organizações parceiras como o Instituto Nina Rosa, Adote um Gatinho e PEA, além de produtos básicos de pet shop a preços populares.
Programação
E para celebrar a abertura da Loja de Adoção Resistência Animal, a Matilha Cultural preparou uma série de atividades. Pra começar tem a Cãominhada às 10h, partindo da Matilha Cultural com destino ao novo centro de adoção. Depois da visita, a Cãominhada volta para a Matilha, onde todos poderão descansar e interagir no lounge práCachorro com cocktail exclusivo para cães e conhecer as exposições IlustraBrasil!, e " Passarinho na gaiola não canta, lamenta".
Além da Cãominhada a abertura será marcada por uma série de ações e serviços com baixo custo para a população e seus animais. O "Mutirão de Saúde" irá oferecer consultas veterinárias, vacinas e pequenos procedimentos ambulatoriais. Já o "Mutirão de Identificação", oferece serviços de Identificação Animal, como a gravação de placas com nome e telefone dos donos, além do RGA (Registro Geral Animal - Prefeitura de São Paulo), item obrigatório por Lei no Município de São Paulo e identificação por Microchip.

sexta-feira, 2 de dezembro de 2011

Premiação Concurso MEU ANIMAL DE ESTIMAÇÃO


Aconteceu no dia 1º de dezembro a premiação do Concurso Meu Animal de Estimação, realizado entre alunos das 4as séries/anos das redes publicas municipais e estaduais e da rede privada de ensino.
O concurso foi organizado pelas Secretarias Municipais de Educação e Saúde e teve 60 trabalhos inscritos, dos quais 10 foram selecionados e premiados. Estes alunos receberam uma câmera fotográfica digital e a Escola Tiradentes, cujo aluno Ronald Diego da Silva tirou o primeiro lugar recebeu um notebook.
A APRABLU participou deste projeto ajudando na organização do material didático e escolha dos trabalhos finalistas.
A premiação ocorreu no Salão Nobre da Prefeitura e contou com a presença de autoridades municipais, alunos, pais, professores e diretores das escolas premiadas.


quinta-feira, 1 de dezembro de 2011

Falência de laboratório liberta 72 beagles usados como cobaias


A maioria dos animais, utilizados em testes de medicamentos e cosméticos, nunca havia saído da jaula
Foto: BBC Brasil

Um grupo de 72 cães da raça beagle foram resgatados após a falência de um laboratório em Barcelona, na Espanha. A maioria dos animais, utilizados em testes de medicamentos e cosméticos, nunca havia saído da jaula.
Os cachorros foram libertados depois que a fundadora do Projeto Liberdade para os Beagles, Shannon Keith, viu as mensagens colocadas no Facebook por um funcionário do laboratório e por um ativista espanhol que havia sido contatado por ele.
"Eles diziam que o laboratório iria fechar e que mataria os cães se ninguém se comprometesse a cuidar deles. Eu entrei em contato e disse: 'Nós nos comprometemos'", contou Keith à BBC Brasil.
O projeto é parte da ONG americana Educação da Mídia para o Resgate de Animais (ARME, na sigla em inglês).
Testes
O resgate aconteceu há cerca de uma semana em Barcelona, mas somente nesta quarta-feira 40 dos cachorros chegaram a Los Angeles, onde fica a sede do projeto.
Outros sete beagles foram adotados na Espanha e o destino dos outros 25 cães é desconhecido. "O laboratório parou de se comunicar conosco desde que os beagles foram libertados, e não sabemos o que eles fizeram com uma parte (dos cachorros). Só recebemos 40", disse Keith.
Os animais, que têm entre 4 e 7 anos, viviam em jaulas individuais, agrupadas em quartos com 10 jaulas. Eles não tinham nenhum contato físico entre si.
De acordo com Shannon Keith, é possível que eles estivessem participando de testes para o desenvolvimento de remédios ou cosméticos para humanos.
"Veterinários que examinaram os beagles encontraram vestígios de injeções de hormônios masculinos e de outras toxinas. Alguns deles têm tumores no estômago e a maioria tinha os destes muito estragados. Tivemos que fazer um tratamento dentário em cada um deles."
Beagles costumam ser usados para testes na indústria farmacêutica por causa de sua natureza dócil. O Projeto Liberdade para os Beagles deu início a uma campanha pela adoção definitiva dos animais, que estão em famílias adotivas temporárias.

Fonte: Portal Terra

Abandono de animais cresce dez vezes na temporada de Verão


Dezembro acabou de começar, as férias da garotada já estão quase aí e muitas empresas entram em período de férias coletivas, dando aquela oportunidade para a família desfrutar de uma viagem mais longa. É uma época do ano muito boa.
Mas a pergunta que fazemos é: onde ficarão seus animais de estimação.
Com frequência lancinante comparados a objetos e muitas vezes adquiridos por impulso – seja porque as crianças insistiam muito por um bichinho – seja porque determinado filme deu em você aquela vontade incontrolável de saber como é ter um animal de estimação – ou até mesmo porque comprar um cachorro grande sai mais barato do que botar alarme na casa.
Independente dos seus motivos – que podem ser muitos – algo que não deve ser negligenciado jamais é que esses animais são seres vivos. Eles sentem fome, medo, dor, passam frio, calor e – acredite você ou não – sentem saudade.
São menos nocivos ao homem do que mais de 70% da espécie humana.
Mas muita gente tende a vê-los como brinquedos: quando se enjoam, ou percebem que cuidar de uma vida dá trabalho, simplesmente jogam fora.
Em Blumenau há o costume asqueroso de amarrar animais em sacos e jogá-los de pontes. Não que eles tivessem maior chance de sobrevivência se estivessem soltos, mas para que isso? E qual é a linha que separa o limite da crueldade com animais da sodomia com pessoas?
Segundo a psicologia, é uma linha tênue. Crianças que demonstram crueldade com bichos apresentam traços psicóticos de personalidade. Não é lenda. É fato. E preocupante.
Mas voltemos a essa data, das festas de final de ano, tão alegres para todos nós!
Você sabia que entre o final de Dezembro e o começo de Janeiro o número de abandono de animais chega a aumentar 1.000%, ou seja, DEZ VEZES?
A Associação Protetora de Animais São Francisco chega a receber mais de 50 denúncias por dia sobre o abandono e maus-tratos sofridos por animais em todo o Brasil. Nos demais meses, o número de denúncias diárias cai pra cinco.
Aqui em Blumenau é comum as pessoas deixarem os portões das casas abertos para que os animais fujam. Ou então os abandonam em estradas – como se não passassem de sacos de lixo – prometendo aos filhos que quando voltarem de viagem comprarão novos bichos, só para que as crianças parem de importunar a família com lamúrias.
Outra prática comum – e também abjeta – é viajar e deixar os animais trancados em casa com um limitado número de água e comida, acreditando que eles vão se virar.
Antes de comprar um animal as pessoas deveriam se perguntam se têm condições financeiras e morais para fazer isso, pois estão adquirindo um ser vivo cuja vida pode chegar – em alguns casos – a ultrapassar os vinte anos.
Entre os animais abandonados estão no topo do ranking cachorros, gatos e cavalos.
Entre os canídeos, as justificativas para o abandono costumam ir de “requer muita atenção” até “suja a casa”. Com os felinos, segundos no ranking, não é muito diferente. Mas é com os cavalos que a justificativa consegue ser pior: “já estava velho”.
Repugnante, mas nada que não se espere de nós – seres humanos – uma espécie que costuma abandonar os próprios pais em asilos com condições indignas simplesmente por estes estarem velhos – depois de tantos anos se esmerando pelo melhor dos filhos – e para não ver a desagradável imagem de um ser humano morrendo dia após dia, enquanto definha.
Assim somos nós, pessoas… seres que, em grande parte, se importam apenas com aquilo que interessa e quando perde o valor, se torna peso morto.
Mas existem pessoas – a maioria, quero crer – que são mais do que meras máquinas de perpetuação da espécie e sobrevivência a qualquer custo. Essas pessoas se importam com os outros. Sejam crianças. Sejam idosos. Sejam animais.
Muitos – como exemplos belíssimos que temos de voluntários da APRABLU daqui de Blumenau – tornam a causa sua própria luta e não se importam em ir para a guerra para proteger àqueles que poucos se importam em proteger. E a esses vãos nossos parabéns. Por saberem que adotar não é apenas uma questão de oportunidade: é um compromisso para a vida toda.
E para os que sempre quiseram ajudar, mas nunca souberam como, vamos dar logo abaixo algumas dicas valiosas que podem fazer toda a diferença nessa causa.
Em primeiro lugar: ABANDONO DE ANIMAIS É CRIME!
A Lei Federal 9.605/98, que trata dos crimes ambientais, é a principal ferramenta de quem quer proteger a vida selvagem. Em seu Artigo 32 ela diz que “praticar ato de abuso, maus-tratos, ferir ou mutilar animais silvestres, domésticos ou domesticados, nativos ou exóticos tem pena de três meses a um ano de prisão e multa, aumentada de um sexto a um terço se ocorrer a morte do animal”.
E como fazer para que a Justiça seja feita?
Ao testemunhar algum ato de violência ou abandono de animal você deverá procurar a delegacia mais próxima de você para lavrar um Termo Circunstancial (espécie de Boletim de Ocorrência), citando o já mencionado artigo 32 da Lei Federal de Crimes Ambientais 9.605/98.
Se o delegado – ou pessoa que lhe atender – se negar a lavrar o TC, você deverá citar o Artigo 319 do Código Penal que prevê punição ao crime de prevaricação, ou seja, receber a notícia de um crime e mesmo assim se recusar a aplicar a lei.
No caso de demora ou omissão – mesmo que não intencional – por parte da delegacia, o próximo passo é entrar em contato com o Ministério Público Estadual e, através da Procuradoria de Meio Ambiente e Minorias, descrever a situação do animal, qual distrito policial omitiu serviços à denúncia e o nome do delegado que te atendeu.
O contato pode ser feito através de carta registrada, fax ou até mesmo indo pessoalmente ao Ministério Público.
Um fato relevante é que para tudo isso não é necessária a presença de um advogado.
Ainda assim, pedimos encarecidamente para que as pessoas não abandonem seus animais assim como não gostariam de ser abandonadas pelos próprios filhos, ao envelhecer.
Se não tiver paciência de cuidar de uma criatura que será a vida inteira dependente de você, não compre. Se não for para dar carinho e atenção, não adote. Isso evitar dor aos animais, trabalho ao governo e processos que podem terminar em cadeia aos criminosos.
O Brasil é um dos países – em seu nível desenvolvimento – com as maiores estatísticas de abandono de animais. E isso me faz perguntar até que ponto muitas destas pessoas estão preparadas para ter filhos.
Talvez seja algo a ser muito pensado antes de iniciar, mesmo acidentalmente, uma família.

Sobre o Autor

- Ricardo é estudioso de psicologia comportamental cognitiva aplicada à comunicação, publicitário, desenhista, analista de marketing e relações públicas.