quinta-feira, 4 de abril de 2013

Visita Pet - Albert Einstein

Albert Einstein libera bichos de estimação para visitar pacientes em SP

Entre olhares de admiração, espanto, surpresa e curiosidade, a cadela Clara, da raça fila, com três anos e 73 kg, entrou ontem tranquilamente pela recepção e passou por corredores de um dos mais importantes hospitais do país, o Albert Einstein, em São Paulo. Ela foi visitar o dono, que está em tratamento contra um câncer na bexiga.
Análise: Ciência dá provas dos benefícios de conviver com bicho de estimação
Após três anos de testes e preparo de equipes, o hospital liberou, sob rígido protocolo, que bichos de estimação, às vezes considerados membros da família, visitem pessoas internadas --mesmo em unidades semi-intensivas.
"Meus filhos moram fora de São Paulo, são muito ocupados. A Clara acaba me fazendo companhia em horas difíceis. Ela é parte da família. Poder tê-la comigo no hospital faz a diferença no meu ânimo, na minha disposição", diz o advogado Ennio de Paula Araújo, 71.
A entrada de bichos no Einstein --gatos e passarinhos também são aceitos-- faz parte também do cumprimento de regras de uma certificação internacional de humanização que o hospital conseguiu no ano passado.


Zé Carlos Barretta/Folhapress
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Em tratamento de câncer, Ennio Araújo abraça a cadela Clara no hospital Albert Einstein, que permite visita de animais
O Einstein é o 35º hospital do mundo e o primeiro da América Latina a conseguir o selo concedido pela organização americana Planetree.
"Poder receber seus bichos aqui era um desejo frequente dos pacientes. Eles fazem bem e, sem dúvida, interferem na cura", afirma Rita Grotto, gerente de atendimento do hospital.
Clara teve de passar por uma avaliação de seu veterinário, que deu um laudo atestando sua boa saúde, e tomar um banho caprichado antes da visita. Os donos apresentaram os documentos de vacinação e se comprometeram a mantê-la tranquila.
"Mas, antes de tudo, é preciso a autorização do médico, que tem de colocar no prontuário do paciente que está de acordo com a visita. Uma equipe multiprofissional checa se todo o protocolo foi cumprido. Na menor dúvida, a entrada não será autorizada", declara Grotto.
O hospital diz que recebeu só uma queixa até hoje. A mãe de uma criança com leucemia reclamou da presença de um cão, mas recuou depois de receber explicações.
O aposentado Menachem Mukasiey, 67, está há uma semana internado com um problema no joelho e aguardava ontem ansioso a visita da poodle Bolinha.
"Já passei por vários hospitais e jamais me permitiram ver a Bolinha, que fica sem comer e depressiva enquanto estou fora. Aqui é o único lugar que me deixaram recebê-la, o que é uma alegria."
Paulo de Tarso Lima, coordenador da área que implanta as medidas de humanização no Einstein, afirma que "não está se falando de uma vontade de todos os pacientes" e que "também não se autoriza a presença dos bichos em qualquer lugar, de qualquer maneira".
Para o médico, o contato com os bichos pode levar "felicidade, paz e bem-estar" e auxiliar a recuperação de algumas pessoas. "O encontro com um cão ajuda a relaxar, a retomar a preocupação com o corpo, o que pode ficar perdido em pacientes crônicos."
O Conselho Regional de Medicina de SP e a Sociedade Brasileira de Infectologia não se manifestaram.

Fonte: Folha de São Paulo

Família real de Mônaco adota elefantes franceses ameaçados de assassinato

Por Rafaela Pietra (da Redação)

Baby e Nepal, no zoológico de Lyon – Foto: Divulgação
A família real de Mônaco adotou os dois elefantes franceses, de 40 anos de idade, que estavam sendo ameaçados de morte no zoológico de Lyon, na França. Os elefantes Baby e Nepal serão acolhidos numa propriedade da família Grimaldi, situada na França, perto de Mônaco, segundo Jean-François Carencon, que elogiou a iniciativa da princesa Stephanie para salvar os paquidermes.
Os elefantes seriam assassinados por, supostamente, serem vítimas de tuberculose. Com a ameaça do governo frances de executar os animais, milhares de pessoas se manifestaram, em redes sociais e através de petições online, pedindo que os animais fossem poupados.
Com a decisão, as autoridades, no entanto, não quiseram devolvê-los a seu antigo tutor, o circo Pinder, por constatarem que os animais não receberiam o tratamento adequado.
Entenda o Caso
Os elefantes Baby e Nepal vivem no zoológico da cidade de Lyon desde 1999 e, a suspeita de tuberculose fez com  o o zoo anunciasse a morte dos animais. Os dois elefantes estavam sendo mantidos em confinamento solitário desde 2010, quando o primeiro teste deu positivo.
Uma ação através da internet rendeu um documento com mais de 69 mil assinaturas, pedindo que os elefantes não fossem mortos. Mesmo assim, o tribunal considerou que a segurança dos animais não é “suscetível de ser estabelecido in vivo. Somado a isso, os testes solicitados pelo seu tutor, que só teria de permitir a confirmação da infecção, daria tempo para implementar e colocar em perigo as pessoas responsáveis pela conduta.”
A lista de defensores dos elefantes, então, não parou de aumentar. A ex-atriz Brigitte Bardot, através de sua instituição Fondation Brigitte Bardot entrou na briga pela vida dos animais e, até a princesa Stéphanie de Mônaco ofereceu seu apoio.
Na justiça
O diretor do circo, Gilbert Edelstein, tutor dos animais, recorreu à Justiça pedindo mais tempo para a realização de novos exames. A Associação Circense Europeia ofereceu seus veterinários para os testes, porém o juiz do tribunal administrativo de Lyon confirmou a decisão pela matar os animais.
Insatisfeito, Edelstein entrou com um recurso contra a sentença no Conselho de Estado. Ele garantiu que testes já realizados afirmam que, em 2010, Nepal não possuía a doença e Baby, depois de obter um resultado “duvidoso”, foi submetida a novos exames que confirmaram a ausência da tuberculose.
Neste intervalo, o caso ganhou notoriedade no país e milhares de pessoas protestam, pela internet, contra a morte das elefantas, pedindo inclusive a graça presidencial ao presidente François Hollande. Em janeiro, Brigitte Bardot recebeu uma carta do presidente da República francesa, informando que a execução dos dois elefantes, Baby e Nepal, com suspeita de tuberculose no zoo de Lyon, foi anulada.
Na carta, escrita pessoalmente por Hollande, o presidente explica que interveio junto do Ministro da Agricultura Stéphane Le Foll para assegurar o bom desfecho do caso.
A antiga musa do cinema francês ameaçou seguir os passos do colega Gérard Depardieu e pedir um passaporte russo, em protesto ao tratamento dado aos dois elefantes.

Fonte: ANDA