quinta-feira, 4 de abril de 2013

Família real de Mônaco adota elefantes franceses ameaçados de assassinato

Por Rafaela Pietra (da Redação)

Baby e Nepal, no zoológico de Lyon – Foto: Divulgação
A família real de Mônaco adotou os dois elefantes franceses, de 40 anos de idade, que estavam sendo ameaçados de morte no zoológico de Lyon, na França. Os elefantes Baby e Nepal serão acolhidos numa propriedade da família Grimaldi, situada na França, perto de Mônaco, segundo Jean-François Carencon, que elogiou a iniciativa da princesa Stephanie para salvar os paquidermes.
Os elefantes seriam assassinados por, supostamente, serem vítimas de tuberculose. Com a ameaça do governo frances de executar os animais, milhares de pessoas se manifestaram, em redes sociais e através de petições online, pedindo que os animais fossem poupados.
Com a decisão, as autoridades, no entanto, não quiseram devolvê-los a seu antigo tutor, o circo Pinder, por constatarem que os animais não receberiam o tratamento adequado.
Entenda o Caso
Os elefantes Baby e Nepal vivem no zoológico da cidade de Lyon desde 1999 e, a suspeita de tuberculose fez com  o o zoo anunciasse a morte dos animais. Os dois elefantes estavam sendo mantidos em confinamento solitário desde 2010, quando o primeiro teste deu positivo.
Uma ação através da internet rendeu um documento com mais de 69 mil assinaturas, pedindo que os elefantes não fossem mortos. Mesmo assim, o tribunal considerou que a segurança dos animais não é “suscetível de ser estabelecido in vivo. Somado a isso, os testes solicitados pelo seu tutor, que só teria de permitir a confirmação da infecção, daria tempo para implementar e colocar em perigo as pessoas responsáveis pela conduta.”
A lista de defensores dos elefantes, então, não parou de aumentar. A ex-atriz Brigitte Bardot, através de sua instituição Fondation Brigitte Bardot entrou na briga pela vida dos animais e, até a princesa Stéphanie de Mônaco ofereceu seu apoio.
Na justiça
O diretor do circo, Gilbert Edelstein, tutor dos animais, recorreu à Justiça pedindo mais tempo para a realização de novos exames. A Associação Circense Europeia ofereceu seus veterinários para os testes, porém o juiz do tribunal administrativo de Lyon confirmou a decisão pela matar os animais.
Insatisfeito, Edelstein entrou com um recurso contra a sentença no Conselho de Estado. Ele garantiu que testes já realizados afirmam que, em 2010, Nepal não possuía a doença e Baby, depois de obter um resultado “duvidoso”, foi submetida a novos exames que confirmaram a ausência da tuberculose.
Neste intervalo, o caso ganhou notoriedade no país e milhares de pessoas protestam, pela internet, contra a morte das elefantas, pedindo inclusive a graça presidencial ao presidente François Hollande. Em janeiro, Brigitte Bardot recebeu uma carta do presidente da República francesa, informando que a execução dos dois elefantes, Baby e Nepal, com suspeita de tuberculose no zoo de Lyon, foi anulada.
Na carta, escrita pessoalmente por Hollande, o presidente explica que interveio junto do Ministro da Agricultura Stéphane Le Foll para assegurar o bom desfecho do caso.
A antiga musa do cinema francês ameaçou seguir os passos do colega Gérard Depardieu e pedir um passaporte russo, em protesto ao tratamento dado aos dois elefantes.

Fonte: ANDA

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