Com a
chegada das festas de fim de ano, muitos pais decidem dar a seus filhos um
animalzinho de estimação como presente pelo bom comportamento ou pelas boas
notas escolares. A opção na maior parte das vezes é pela compra ou adoção de
filhotes, pois são mais fofinhos e mimosos, e mais adequados para “educar”.
Nos
primeiros dias, tudo é festa e encantamento com aquela bolinha de pelo que
chegou. Cada gracinha, cada descoberta, cada nova estripulia é motivo para
risos e registro fotográfico. Mas com o passar do tempo, à medida que o
animalzinho começa a crescer, alguns comportamentos que antes eram considerados
engraçados, se tornam inaceitáveis e irritantes. Um cocozinho onde não devia, o
sapato novo roído, pelo no sofá e nos tapetes. Tarefas como alimentar, limpar a
sujeira do filhote, levá-lo para se exercitar se tornam cansativas e chatas.
Alguns pais
até são bem intencionados ao decidir dar a seus filhos um animal de estimação,
para que eles possam ter um bom companheiro de brincadeiras e aventuras, mas
nem sempre levam em consideração as conseqüências dessa decisão.
Animais não
são seres inanimados ou movidos a pilha, que vem com um manual de instrução e
com botão de liga/desliga. Eles crescem, tornam-se adultos, envelhecem. Tem
personalidades e comportamentos diferentes, ficam doentes, precisam de atenção
e cuidados especiais. E te amam incondicionalmente desde que te conhecem. Não
podem ser trocados ou descartados quando não agradarem mais ou porque
apresentaram algum defeito.
Ao
introduzir animais na dinâmica familiar, os pais podem ter uma ótima
oportunidade para ensinar bons valores para seus filhos, como responsabilidade,
respeito a outras formas de vida, afeto e dignidade, desde que esses também
sejam os seus valores pessoais. Não se ensina aquilo que não se acredita e
conhece.
Animais podem
ser grandes companheiros e ótimos professores também, basta ter sensibilidade e
humildade para perceber isso. Acompanhar o crescimento e mudanças físicas do
animal, descobrir o que o deixa feliz e satisfeito e o que o incomoda e o faz
sofrer, tudo isso ajuda a criança a descobrir coisas valiosas da vida.
Eles só não
servem como brinquedo. Para isso, existem muitas opções criativas e
interessantes no mercado. Apesar da campanha não ser nenhuma novidade, sempre é
bom relembrar: ANIMAL NÃO É BRINQUEDO! Sente fome, frio e medo.
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