Belo Horizonte pode ter, em breve, uma secretaria responsável por fazer
valer os direitos dos animais. O projeto, que está em discussão na
Câmara Municipal, busca implantar a Secretaria Especial dos Direitos dos
Animais, para que "exista um órgão na prefeitura com atenção voltada à
defesa dos animais", conforme explicou o autor da proposta, vereador
Sérgio Fernando (PV).
A medida é vista com entusiasmo por quem
luta pela causa dos bichos. Esse é o caso da atriz Candice Araújo, que,
nomeada pelos grupos de defesa como protetora dos animais, resgata
voluntariamente cães e gatos nas ruas, paga pelo tratamento veterinário e
cuida dos bichos em sua casa até que possam ser adotados.
Para
ela, a secretaria poderia permitir a execução de alguns projetos, como,
por exemplo, a criação de centros de reabilitação. "Seria um pontapé
inicial para que, a partir dessa secretaria, fossem criados caminhos
para a solução dos problemas, como a construção de hospital público para
os animais", defende.
O fundador do Núcleo Fauna de Defesa
Animal (NFDA), Franklin Oliveira, que realiza, há dez anos, a Feira do
Melhor Amigo, acredita que a secretaria possa contribuir para ampliar o
debate sobre o tema. "Tendo em vista que no município não existe ação
efetiva, pelo menos (a secretaria) poderia estar levantando atenção para
essa questão", diz.
A nova secretaria, de acordo com a protetora
de animais Marina Victal, pode contribuir para unificar o trabalho
realizado por voluntários. "É positivo. Quanto mais a gente conseguir
organizar esse movimento, que hoje é pulverizado, melhor. São poucos
tentando resolver um problema que deveria ser tratado pela prefeitura",
pontua Marina, que participa de grupos de ajuda mútua em luta pela
defesa dos animais nas redes sociais. O trabalho que eles realizam é
buscar recursos para custear tratamento e cuidados dos bichos, além de
estimularem a adoção.
O projeto de lei prevê que o Executivo, se
sancionar a proposta, abra créditos especiais ou remaneje recursos
orçamentários para formalizar a criação da nova pasta.
Fonte: http://www.otempo.com.br/noticias/ultimas/?IdNoticia=214699%2COTE
quarta-feira, 31 de outubro de 2012
segunda-feira, 29 de outubro de 2012
Apelo em nome dos animais ao novo prefeito
Blumenau
escolheu seu novo prefeito: Napoleão Bernardes.
Parabenizo o vencedor e toda sua militância pela expressiva vitória.
Parabenizo o vencedor e toda sua militância pela expressiva vitória.
Como representante da proteção animal em Blumenau, enfatizo a necessidade de criarmos uma política pública de proteção e bem estar animal na cidade.
Não podemos mais levar esse assunto da forma como tem sido feito até agora. O município precisa assumir sua parte para amenizar o sofrimento de nossos animais e garantir seus direitos.
Nossa cidade já foi exemplo de vanguardismo em diversos setores como cultura, esporte, comunicação, educação infantil etc. Em tudo isso fomos superados, inclusive por cidades menores.
Nossa
cidade, assim como nosso país, ainda precisa avançar muito no que se refere aos
direitos de seus cidadãos, e os direitos dos animais são ainda menosprezados.
Porém a mídia diariamente tem mostrado exemplos de outras cidades e pessoas que
militam na causa animal, fortalecendo esse movimento.
Acredito
que a votação dos candidatos a vereador nesse pleito representando a proteção
animal mostrou que essa é uma preocupação de muitos cidadãos blumenauenses, que
também esperam ações e projetos que melhorem a qualidade de vida da população
animal da cidade.
Meu sonho é
ajudar a tornar Blumenau conhecida como “cidade amiga dos animais”, como já
fomos um dia chamados de “cidade jardim”. Que sejamos um case para outros
municípios, e que outros gestores venham nos visitar e conhecer nossos
projetos.
O caminho é
longo e árduo, temos que começar pelo básico, mas acredito que com seriedade e
compromisso, podemos avançar muito.
Tenha
certeza, Napoleão Bernardes, que nós protetores de animais estamos abertos a
parcerias, mas esperamos de sua gestão ações concretas e assertivas, principalmente
para o problema do abandono de animais e controle populacional de cães e gatos.
Conto com
sua sensibilidade e simpatia pela causa, criando soluções e apoiando as
entidades que lutam pelos direitos dos animais.
Evelin Huscher
Evelin Huscher
sexta-feira, 26 de outubro de 2012
Com boa vontade dá!
Com boa vontade
dá!
Diversos
municípios brasileiros tem demonstrado através de iniciativas criativas e
inteligentes que dá para fazer uma política pública de proteção e bem estar
animal.
Algumas
cidades catarinenses já perceberam isso e criaram suas próprias soluções,
visando principalmente o controle populacional de cães e gatos com projetos de
esterilização.
Um bom
exemplo vem de Joinville que
inaugurou em março deste ano o Centro de
Bem Estar Animal (CBA), cujos principais objetivos são cuidar de animais
vítimas de maus tratos e servir como espaço de conscientização sobre cuidados
com os animais. A responsabilidade desse espaço cabe à Fundação Municipal de
Meio Ambiente (Fundema). Depois de tratados e esterilizados, os animais são colocados
para adoção em parceria com as ONGs de proteção animal da cidade.
Outra iniciativa bacana vem de Criciuma, no sul do estado. Em 2009 o
município instituiu a Semana Municipal
da Proteção do Bem Estar Animal, realizada em outubro, através de um conjunto
de ações voltadas à promoção do respeito à vida e à integridade física e
psíquica dos animais. Os principais objetivos são estimular atividades de
promoção e apoio à proteção do bem estar animal e conscientizar e sensibilizar
todos os setores da sociedade para que respeitem a vida animal e compreendam e
apóiem ações voltadas ao seu bem estar físico e psíquico.
Uma cidade catarinense que está na
vanguarda em ações integradas para controle humanitário da procriação
indesejada de cães e gatos, educação para o respeito a todas as formas de vida
e combate aos maus tratos e abandono de animais é São Francisco do Sul. Em 2009 foi criado o Fórum de Zoonoses e Bem Estar Animal, colegiado deliberativo
composto por representantes de diversos segmentos públicos, privados e não
governamentais, para elaboração de uma política pública que contemple a criação,
aplicação e fiscalização de uma legislação de controle de zoonoses e bem estar
animal, ações de controle populacional, educação e responsabilização do cidadão
para respeito aos animais. Os resultados práticos foram a criação do Centro de Bem Estar Animal (CBA) e o Castramóvel, um ônibus adaptado e
equipado para assistência e castração de animais de rua e de munícipes
carentes.
Até Bombinhas, cidade litorânea com população de 14.293 habitantes
(Censo 2010), inaugurou em 2011 o Centro
de Vigilância Animal, espaço destinado a castrações de cães e gatos
domiciliados, serviço que objetiva um controle mais eficiente da população
animal no município e tende a reduzir as doenças de origem animal.
Itajaí possui um Canil Municipal que abriga mais de 200 cães e aproximadamente 20
gatos, administrado pela Secretaria de Saúde, sob responsabilidade do
Departamento de Vigilância Epidemiológica. As adoções dos animais são feitas
diretamente no local e em feiras de filhotes em parceria com estabelecimentos
comerciais, sendo que todo animal doado sai castrado ou com data marcada para
castração, no caso de filhotes.
Até Pomerode, uma das cidades catarinenses onde se realiza a puxada de
cavalos, recentemente firmou um convênio
com a FURB para esterilização de cães e gatos. Vai entender uma coisa
dessas?
Infelizmente em Blumenau a situação
é bem diferente, pois o município não possui nenhum projeto ou ação efetiva
para a proteção e bem estar animal. Hoje o resgate, reabilitação e recolocação
de animais abandonados é feito por ONGs de proteção e protetores independentes,
com apoio de alguns veterinários solidários e sensíveis ao problema do enorme
numero de animais de rua ou em maus tratos.
Os exemplos acima vindos de cidades
maiores e menores que Blumenau comprovam que com boa vontade dá!
Evelin Huscher
Acesse: http://www.blumenews.com.br/site/destaque/item/2228-com-boa-vontade-d%C3%A1.html
quinta-feira, 25 de outubro de 2012
Jaulas vazias
Uma criança, na volta da visita ao zoológico com a escola, foi convidada a fazer um desenho para explicar o que achou do passeio:
"Seu zoológico é uma prisão. As jaulas são tão pequenas. O tigre estava chorando. Eu odiei a visita."
Quantos de nós conseguimos enxergar que o tigre - e os outros animais - estão "chorando"?
Ainda há esperança!
Precisamos ensinar nossos filhos a amar os animais!
Não queremos jaulas maiores, queremos jaulas vazias!
LIBERTE!
OPINIÃO: É isso aí, bicho!
O caso envolve dignidade, respeito à vida, bom tratamento. Centro de Zoonose não é penitenciária de animais, e por isto defendo, com veemência e sem arredar o pé, que seja dirigido por entidade protetora de animais. No mínimo que se dê a elas o poder de fiscalização e, se for o caso, intervenção.
Quanto ao fato de o ser humano ser a criação máxima, há controvérsia. Pelo menos enquanto continuar a abandonar, maltratar ou ignorar o sofrimento dos animais. A propósito, vale lembrar Mahatma Gandhi: “A grandeza de uma nação pode ser julgada pelo modo que seus animais são tratados.”
valther@santa.com.br
VALTHER OSTERMANN|Colunista
E agora, prefeito?
E agora,
prefeito??
Às vésperas
do segundo turno que irá decidir quem será o futuro prefeito de Blumenau,
muitas questões esperam resposta no que se refere aos rumos que a cidade irá
tomar.
Haverão mudanças
na saúde, educação, mobilidade urbana, segurança? A população trabalhadora e
que mora nos bairros terá alguma melhoria que facilite seu dia a dia?
São
questões que só o tempo irá responder, pois o futuro é algo incerto, mas por se
tratar de um processo democrático, onde a população decide quem será seu futuro
gestor, já dá para se ter uma idéia do nível de satisfação do modelo de gestão
escolhido.
Além de
todas essas questões, algo que me preocupa particularmente, é com relação ao
bem estar animal, pois uma cidade também é composta de sua fauna (doméstica e
silvestre) e sua flora.
Assim como
os seres humanos, todo animal tem direito à vida, ao respeito e à proteção e
cabe a nós nos responsabilizarmos por isso.
Nossa
cidade carece de uma política pública de proteção e bem estar animal, que garanta
a eles seus direitos e punição aqueles que infringirem esses direitos.
A
construção de um Centro de Controle de Zoonoses (CCZ) se faz prioridade hoje no
município, baseado em princípios humanitários de bem estar e respeito aos
animais. Mas somente isso não resolverá o problema dos animais domésticos
abandonados ou em situação de risco. É preciso criar uma estratégia de controle
populacional de cães e gatos, através de campanhas de Posse Responsável e
Esterilização (castração) desses animais, tanto aqueles com família, como os de
rua ou sob a guarda de protetores de animais.
Para
alguns, essa pode ser uma questão menor, pois a prefeitura deve se priorizar o
cuidado com as pessoas e deixar que as entidades não governamentais (ONGs) se
preocupem com isso. Mas estamos falando de saúde pública e educação também,
pois animal na rua, doente, atropelado, revirando lixo, pode causar acidentes e
transmitir doenças a outros animais e pessoas. Além disso, uma cidade que não
se preocupa com seus animais, que tipo de valores está ensinando a seus
cidadãos? Que é aceitável o abandono e maus tratos a animais.
Várias
cidades brasileiras tem implantado bons projetos para o bem estar animal. Não é
necessário reinventar a roda, basta identificar nosso principal problema e gradualmente
ir criando soluções para amenizar o descaso e sofrimento dos animais.
O que
espero da futura gestão municipal é que esteja mais aberta e sensível a essa
causa e que olhe com mais carinho pelos cidadãos de patas, pelos, penas e bicos
também.
Evelin
Huscher
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